terça-feira, 28 de dezembro de 2010

As três peneiras

Li a história abaixo em algum livro de auto-ajuda do qual não recordo o nome, mas a história ficou gravada na minha cabeça pela grande lição de vida que ela deixa. É para ser lida e relida.


As três peneiras


Um rapaz procurou Sócrates e disse que precisava contar-lhe algo.

Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras?

- Sim. A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido contar, a coisa deve morrer aí mesmo. Suponhamos então que seja verdade.

Deve então passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo?

Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta e, arremata Sócrates:

-Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão nos beneficiaremos. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos, colegas do planeta.

Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.



Essa pequena história dispensa meus comentários. Fica só o pedido para que a partir de hoje todas as histórias sejam passadas pelas três peneiras antes de serem espalhadas.

Feliz 2011

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Amigo Oculto/Secreto

Tava aqui pensando no que comprar para o meu amigo oculto/secreto e lembrei do dia que fomos tirar os papéis com os nomes.
Uma das participantes da brincadeira tirou o próprio nome e disse bem alto: "Tenho que devolver esse papel e tirar outro porque tirei eu mesma."

É regra da brincadeira não poder presentear a si mesmo.

Regra essa que eu acho uma tremenda bobagem!

Por que não posso comprar um presente para mim mesma? Por acaso não sou minha amiga?

Aí você vai dizer que não iria fazer sentido comprar presente para si mesma já que isso tiraria a graça da surpresa no momento da entrega.

Tiraria a surpresa de quem? Só a minha, mas todos os outros participantes iriam se surpreender quando eu começasse a falar de mim mesma:

"Minha amiga oculta é uma eterna sonhadora.Cismou que um dia vai ser uma escritora conhecida e ta aí lutando para isso. Ela parece uma criança quando brinca com os sobrinhos, mas sabe ser muito adulta e responsável quando se trata de lidar com o trabalho e com os sentimentos dos outros...

Quantas pessoas iriam acertar? Quem iria achar que a descrição era de outra pessoa?

E então, eu terminaria dizendo:
...E agora vou revelar o nome dessa minha amiga oculta que tanto amo:É a Andreia."

Seria engraçado ver a expressão de surpresa dos outros e seria muito bom ter a certeza de que iria gostar do presente.

Não é muito chato quando percebemos que nosso amigo oculto não gostou do presente que damos? ou Quando ganhamos algo que não vamos usar nunca?

Seria o fim dos sorrisos amarelos.


Não sei você, mas eu tenho a péssima mania de não me colocar na lista de quem vai ganhar presentes de natal e nas poucas vezes que me coloco, eu sou sempre a última da lista.

Se eu fosse a minha amiga oculta, eu teria a obrigação de me comprar um presente.

Já que as regras não podem ser mudadas, não esqueça de comprar seu próprio presente.

Vou fazer isso agora.


Feliz Natal

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Uma história de Natal

Fui invadida pelo espírito natalino e criei a história abaixo. Espero que gostem!


Onde mora o Papai Noel?


Quando eu era criança, eu lembro que perguntava para minha mãe onde o Papai Noel morava e ela sempre me dizia que era no Pólo Norte. Eu sabia que o Pólo Norte ficava longe e sentia raiva porque queria que Papai Noel morasse perto da minha casa.
Os anos foram passando, eu cresci e deixei de acreditar que Papai Noel existia. Tive filhos e tratei de avisá-los que era eu quem dava os presentes para eles e não nenhum velhinho vestido de vermelho. Não queria que meus filhos fossem enganados como eu pensava ter sido.
Eu disse “pensava” porque o que aconteceu no Natal do ano passado me mostrou que Papai Noel existe realmente!
Deixe-me dizer o que aconteceu...
Eu sou pediatra e todo dia 25 de dezembro eu visito algum orfanato para ver se as crianças estão bem de saúde. No dia 25 de dezembro do ano passado, eu fui visitar um e assim que entrei fui rodeado pelas crianças. Pedi calmamente que formassem uma fila para que eu pudesse examiná-los melhor. Estavam todos bem e eu já me preparava para sair quando uma das senhoras que cuidava das crianças disse:
__Espere! Ainda falta examinar o Carlinhos.
Não pude conter um sorriso. Meu nome é Carlos e durante muitos anos também tinha sido chamado apenas de Carlinhos.
__E onde está ele? – perguntei
__Está lá em cima deitado na cama. Não pode descer porque quebrou a perna essa semana ao cair da árvore do quintal.
Disse que não tinha problema e que subiria para vê-lo. Começamos a subir as escadas juntos e ela sorriu ao dizer:
__Carlinhos é a nossa criança mais levada. Ele vive com os joelhos ralados de tanto correr por aí.
Paramos em frente à porta aberta do quarto onde Carlinhos estava. A cama dele era a última e foi para lá que me dirigi. Ele parecia estar dormindo, mas assim que me aproximei da cama, ele se virou e com uma expressão de enorme felicidade no rosto disse em alto e bom som:
__Papai Noel!!
__O quê?? – perguntei incrédulo. Não conseguia e nem queria acreditar que minha barba naturalmente branca, meus quilos a mais e a blusa vermelha que por pura coincidência eu tinha decidido usar iriam me deixar em tal situação.
__Papai Noel, eu estou tão feliz que você veio! Vem cá me dar um abraço! – ele disse se sentando e estendendo os bracinhos finos.
Eu tinha apenas um instante pra decidir o que fazer. Eu devia contar a verdade e frustrar a alegria daqueles olhinhos ou simplesmente aceitar ser Papai Noel por um momento e aumentar aquela alegria?
Escolhi o certo e o abracei. Por cima da cabeça de cabelos arrepiados, eu fiz sinal para que a senhora ao meu lado não revelasse minha verdadeira identidade. Ela sorriu cúmplice e eu disse:
___Carlinhos, você é um bom menino! Eu voltarei mais tarde para visitar você e as outras crianças novamente, mas agora só vim ver se está tudo bem com sua saúde.
___Eu acho que está sim! – foi a resposta animada dele.


Mesmo assim, eu o examinei como tinha feito com os outros. Ele estava bem e a perna devidamente engessada era um exemplo do que tanta saúde e energia podiam fazer com uma criança levada.
O beijei no topo da cabeça e me despedi prometendo voltar à noite.
Assim que saí do orfanato liguei para minha esposa e disse:
__Maria, eu preciso de brinquedos! Preciso que você separe todos os brinquedos velhos dos nossos filhos que ficaram guardados que iremos doá-los hoje e...
Ela me interrompeu dizendo:
__Carlos, nós já doamos todos os brinquedos que tínhamos aqui.
__Tem certeza?
__Absoluta!
Fiquei mudo e ela disse:
___Podemos comprar alguns brinquedos para doar.
___São muitas crianças. Não dará para comprar brinquedos para todas agora. – Eu respondi já lamentando o dinheiro gasto em uma bicicleta ergométrica que sabia que não iria usar.
Desliguei e liguei para outras pessoas na esperança de encontrar alguém que tivesse uns cinquenta brinquedos para doar. Em vão.
A noite chegou mais rápido do que eu desejava e eu não tinha conseguido nenhum brinquedo. Cheguei a pensar em não voltar ao orfanato, mas cheguei à conclusão de que seria muita covardia da minha parte.
Fui com uma frase pronta na ponta da língua:
“Os brinquedos ficaram no Pólo Norte, mas eu prometo que os trarei para vocês assim que possível.”
Sabia que as crianças ficariam tristes, mas estava disposto a brincar e contar histórias para eles e sabia que algumas horas assim iriam compensar a falta dos brinquedos.
Porém ao chegar lá, eu fui recebido pela mesma senhora que tinha me levado até o quarto de Carlinhos e ela, com um sorriso que ia de orelha a orelha, disse:
__Muito obrigada, Dr. Carlos! Nem sabemos como agradecer!
__Agradecer o quê?
__Os presentes que o senhor deu para as crianças.
___Mas eu não fiz isso.
___Como não? O Carlinhos disse que o senhor voltou ao quarto e entregou o presente dele e disse que deixaria os dos outros embaixo da árvore. Não sei como foi que o senhor entrou sem que eu visse, mas isso não importa! O que importa é que as crianças estão muito felizes.
Não disse nada porque a emoção me roubou a voz. Soube naquele instante que o verdadeiro Papai Noel tinha estado ali e levado aqueles presentes. Percebi naquele instante que ele não morava no Pólo Norte como dizia minha mãe.
Papai Noel mora no coração de todos que acreditam nele e está no meu desde aquela noite.
Deixe que ele more no seu coração também!
Feliz Natal

FIM

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Nossas escolhas

Dei de presente para o meu sobrinho o livro:"Passaporte para pesadelos: Perdidos na mansão Hecatombe"(Editora Fundamento). Ele gostou muito e me convenceu a ler também.Confesso que gostei mais do que esperava!

O legal desse livro é que quem está lendo é o personagem principal.Então no lugar de estar escrito: "João precisará ir até a mansão tentar salvar a mãe..." está escrito: "Você precisará ir até a mansão tentar salvar sua mãe."

Isso já serviria para tornar a história mais interessante e divertida, mas o livro ainda nos fornece mais: Nesse tipo de leitura nós podemos decidir sempre entre dois caminhos e cada caminho escolhido irá nos levar a diferentes capítulos que poderão ou não nos levar a tão desejada vitória (encontrar a mãe, derrotar a bruxa e sair da mansão).

Me diverti muito lendo, mas não pude deixar de encontrar semelhanças do estilo do livro com a nossa vida.

Não temos sempre que escolher entre dois caminhos?

Exemplos:

Na profissão:
Aceitar uma nova proposta de emprego. Se optar por fazer isso vá para a página 87

Continuar na mesma empresa. Se decidir ficar na mesma empresa vá para a página 30


No amor:
Reatar com o ex-namorado - Decidiu fazer isso então vá para a página 15

Preferir conhecer um novo amor - Vá correndo para a página 50


E até nas situações mais banais:
Ir trabalhar de ônibus - Vá para a página 17

Ir trabalhar de metrô - Vá para a página 25


E cada decisão não nos leva para diferentes caminhos? diferentes etapas? Muitas vezes, assim como na história do livro, iremos escolher os caminhos errados e nos deparar com "monstros" que vão nos machucar e nós acabaremos sendo derrotados.

Mas mesmo nesses momentos, assim como na história do livro, nós podemos respirar fundo e recomeçar.
É só voltar para a primeira página e escolher um outro caminho que te leve até onde você deseja.

Que você escolha sempre o melhor caminho!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Os incomodados que se mudem!

Acabei de receber um e-mail com a história abaixo:

Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado.

Ele se vira para o chinês e pergunta:
- Chang-Lang, desculpe-me, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim, geralmente vem na mesma hora que o seu vem cheirar as flores!


Essa pequena história passa a mensagem de que não devemos nos incomodar e muito menos nos intrometer nos hábitos dos outros.

Vejo tanto isso ultimamente!

É gente se incomodando com corte de cabelo,roupa,roteiro de viagem, amigos e até namorado de determinada pessoa e sugerindo(pra não dizer impondo) cortes, roupas, roteiros, amigos e namorados diferentes.

Não consigo entender esse tipo de atitude extremamente desagradável!

Será que a pessoa se acha assim tão importante que todo mundo irá fazer o que ela deseja?

Lamentável!

Vou terminar colocando o resto da mensagem que veio no e-mail e aproveitar para acrescentar: Só dê sua opinião quando pedirem!

Respeitar as opções do outro "em qualquer aspecto" é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter.

As pessoas são diferentes, agem diferente e pensam diferente.
Nunca julgue. Apenas compreenda.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Pequenas Maravilhas

Estava aqui pensando na vida e lembrei da música "Pequenas Maravilhas" - Ela faz parte da trilha sonora do belo filme "A família do futuro" (Disney)

Rob Thomas
Composição: rob thomas

Deixa ir tire o peso dos seus ombros pra seguir
sem se lamentar dos tombos
Deixa entrar essa luz que te define
no final ficarão somente as recordaçoes

A vida se faz com essas horas
Pequenas maravilhas na voz do coração
mundos se vão mas essas horas breves horas ficarão

No lugar das angustias põe a luz que vai brilhar
envolver a tua vida
Tudo bem se pra mim voce se volta eu ja sei
sentimento prevalece no final

A vida se faz com essas horas
Pequenas maravilhas na voz do coração
mundos se vão mas essas horas breves horas ficarão

Tudo que eu errei as águas vão levar
Pois eu agora sei que estou no meu lugar

A vida se faz com essas horas
Pequenas maravilhas na voz do coração
mundos se vão mas essas horas pequenas maravilhas ficarão


Além de linda essa música diz grandes verdades. A vida é mesmo feita de pequenas maravilhas que, muitas vezes, deixamos de notar por estarmos esperando pelas grandes maravilhas.

Foi pensando nisso que fiz uma lista do que considero "pequenas maravilhas" :

As horas que passo brincando com meus sobrinhos: Seja sentada no chão brincando de boneca com a menina (Momentos em que sou a Barbie ou a Suzi) ou seja jogando bola com os meninos. (Sou goleira, atacante e até juíza)

Comer: Seja comida japonesa em um bom restaurante ou seja o brigadeiro de panela delicioso que eu mesma faço.

Ouvir boa música

Ver bons filmes

Ler bons livros

Escrever bons livros

Ser abraçada: Abraçar alguém é muito gostoso, mas não fica ainda melhor quando o outro lado toma a iniciativa e nos abraça primeiro? Quando isso acontece eu me sinto tão especial e importante!

Desejo para você que está lendo isso agora uma vida repleta de PEQUENAS e GRANDES maravilhas!

Beijão!