sexta-feira, 14 de maio de 2010


II


Ezequiel abriu os olhos devagar e se deparou com uma mulher debruçada sobre ele. Não conseguia ver nitidamente seu rosto e por isso, confuso, murmurou:
__Clarissa...
__Não, eu me chamo Alana Ruarte e meu irmão e eu o encontramos desacordado e ferido. Você foi atingido por uma flecha envenenada e teve muita sorte por eu ter aqui comigo os ingredientes que anularam o efeito do veneno.
Ezequiel passou a mão na cabeça tentando pôr os pensamentos em ordem. Ele estava se casando com Clarissa e de repente seu casamento foi interrompido por homens a cavalo e... Fechou os olhos na esperança de que isso o ajudasse a lembrar exatamente do que tinha acontecido.
__Qual o seu nome? – perguntou Alana olhando-o com atenção.
Ele não respondeu. Sua mente continuava a lhe mostrar o que tinha acontecido. Clarissa tinha sido raptada por um homem que se denominava Magnus Sores, o Senhor do Clã das Colinas.
__Tenho que ir salvá-la! – ele disse abrindo os olhos e tentando se levantar, mas para sua surpresa, suas pernas não sustentaram seu corpo e ele teria caído se Alana não o tivesse amparado.
__Você precisa se acalmar, não pode sair por aí andando. Precisa descansar e...
__Descansar? Não posso descansar enquanto minha noiva está em perigo.
__Conte-me tudo o que aconteceu para que meu irmão e eu possamos ajudá-lo.
__E onde está seu irmão?
__Foi buscar mais água na fonte, mas não irá demorar, agora sente-se e conte-me tudo.
Mesmo a contragosto, Ezequiel se sentou na cama e começou a contar tudo o que lembrava. Alana ouvia em silêncio até que ele falou o nome do seqüestrador de Clarissa.
__Magnus Sores, o Senhor do clã das Colinas?! Foi esse crápula que seqüestrou sua noiva?!
__Sim, você o conhece?
Alana suspirou profundamente e quando falou foi com a voz trêmula:
__Infelizmente sim. Ele é o homem que matou meu pai, o verdadeiro senhor do clã das Colinas.

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