domingo, 27 de junho de 2010


Alana não acendeu nenhuma vela perto de Ezequiel, mas mesmo assim ele fez suas preces. Primeiro para pedir ao Senhor que recebesse todos os seus amigos, homens de bem que tinham sido mortos. Depois para agradecer por sua mãe e as crianças estarem bem e por poder contar com Sebastião ao seu lado na batalha que iria enfrentar. Por último, ele pediu para que Ele continuasse protegendo Clarissa de Magnus Sores.


VII

Quando os primeiros raios de sol apareceram encontraram Ezequiel recusando a mão que Sebastião lhe estendia e se levantando sozinho da cama, tentando demonstrar total controle sobre seu corpo embora ainda sentisse uma leve tontura.
__Já estão prontos? – perguntou Igor se aproximando deles.
__Sim, estamos. E você, quando pretende buscar minha mãe e as crianças?
__Assim que Alana acordar.
__Irá levá-la com você?
__Sim, eu só possuo um cavalo e por isso, só poderei trazer a sua mãe na garupa. As crianças terão que vir andando. Sendo assim achei que seria bom levar Alana para cuidar melhor delas pelo caminho.
__Ótimo! É melhor não deixa-la sozinha mesmo ou ela poderá querer nos seguir.
Sabendo que a irmã seria bem capaz disso, Igor nada disse. O cavalo que aguardava Ezequiel relinchou, como se o chamasse.
__Chegou à hora. – disse Ezequiel mais para si do que para os outros enquanto ia de encontro ao seu cavalo que Sebastião tinha trazido.
Ao ver o animal, ele lembrou do momento em que tentou alcançar Clarissa e só não conseguiu porque desmaiou.
“Mas eu logo a alcançarei. Nada irá me parar dessa vez”. Foi com esse pensamento que Ezequiel montou no cavalo. Sebastião também montou no seu e não demorou muito para os dois saírem galopando. Igor ficou os olhando até que sumissem de vista e foi para dentro de casa. Iria acordar Alana para que pudessem ir buscar a mãe de Ezequiel e as crianças, mas assim que abriu a porta do quarto, ele foi invadido pelo desespero.
A cama de Alana estava vazia.

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