sábado, 7 de agosto de 2010



Nas horas que se seguiram, Ezequiel ficou o mais afastado que pôde de Alana enquanto esperava que o sol começasse a se pôr. Ela, por sua vez, tentava fixar a atenção no irmão que se esforçava para aprender a lutar, mas seus pensamentos estavam todos voltados para Ezequiel e as sensações que o beijo dele tinha provocado. Apesar de saber que ele iria casar com outra, não conseguia parar de desejá-lo e se recriminava por isso.
“Eu vou conseguir esquecê-lo um dia.” – ela pensou, mas a dor que sentia em seu peito parecia dizer que isso seria impossível.
Quando finalmente o sol começou a se pôr, Ezequiel se levantou e montando em seu cavalo disse:
__Vamos entrar no castelo agora!
Sabendo que Ezequiel não a queria por perto, Alana montou no cavalo de Sebastião deixando que seu irmão fosse na garupa do cavalo de Ezequiel. Instantes depois, os dois cavalos partiam em alta velocidade levando três homens e uma mulher para, o que eles acreditavam que seria a maior batalha da vida deles.

XIX

Rosália mantia a cabeça erguida na espera de parecer o mais natural possível embora estivesse apavorada com o que iria acontecer nos próximos minutos já que as águas se recusavam a lhe dar essa resposta.
Os guerreiros do clã começaram a desmaiar, um a um. Tremendo dos pés a cabeça, Clarissa perguntou:
__O que está acontecendo?
__Nada que você não irá resolver minha querida. – respondeu Magnus acariciando os cabelos loiros dela que se encolhendo o máximo que pôde gritou:
__Não me toque!
Magnus gargalhou sinistramente e a tomou nos braços. Clarissa se debateu, mas sem se importar com isso, ele a carregou para a cama. Clarissa chorou quando sentiu seu corpo afundar no colchão macio. Após dias presa dentro de uma torre, seu pior pesadelo estava prestes a se concretizar e ela não sabia o que fazer para impedir.
__Não chore. Serei gentil com você! – ele disse enquanto se afastava para começar a se despir. Vendo nessa pequena distância, o momento para fugir, Clarissa correu rapidamente em direção a porta. Irritado, Magnus jogou a camisa que tinha acabado de tirar no chão e correu atrás dela dizendo:
__Não adianta fugir do inevitável!
Cega pelas lágrimas, Clarissa tropeçou em um guerreiro que estava desmaiado no chão e caiu. Pegando-a pelos cabelos, Magnos a ergueu e quando ia começar a puxá-la para dentro do quarto novamente a porta do grande salão foi aberta com um grande estrondo e por ela entrou o Senhor do Clã dos Rochedos seguido por Sebastião, Igor e Alana.

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