domingo, 8 de agosto de 2010



__Solte-a agora! – disse Ezequiel indo na direção dele com a espada erguida.
__Não!
__Você não está em condições de negar nada, Magnus. Deixe-a ir! – disse Rosália se aproximando.
Magnus a olhou furioso e gritou:
__Você sabia que eles iriam vir e não me avisou?! Sua traidora! Eu vou matar você!
Alana ergueu o arco e apontou a flecha na direção da cabeça de Magnus dizendo:
__Se existe alguém que corre o risco de morrer hoje é você porque apesar de ter correndo em minhas veias, o mesmo sangue que o seu, eu não pensarei duas vezes em atirar se você não fizer o que Ezequiel está mandando!
Magnus olhou-a com ódio e desejou poder matá-la. Desejou poder matar todos eles, mas sabia que não podia fazer isso. Ele tinha perdido. Tinha fracassado. Pensou em sua mãe, do modo como ela desistiu da própria vida por ele, e no mesmo instante, o ódio começou a ir embora e no lugar ficou apenas uma grande tristeza. Aos poucos ele afrouxou a pressão sobre os cabelos de Clarissa e olhou para Ezequiel dizendo:
__Vou entregar sua noiva, mas preciso que me dê sua palavra de honra que vocês não irão me matar.
Sem tirar os olhos dos dele, Ezequiel abaixou a espada e disse:
__Você tem a minha palavra.
No mesmo instante, Magnus jogou Clarissa nos braços dele e com a certeza de que não seria seguido, caminhou em direção a janela.
Percebendo a intenção dele, Rosália disse com a voz embargada: __Vá para perto de sua mãe.
Foi a última coisa que Magnus ouviu antes de fechar os olhos e se atirar de encontro a morte.

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